Uma avaliação sobre os aspectos socioeconômicos do município de Paulo Afonso mostra a triste realidade: o nosso crescimento se deu no estilo rabo de cavalo, ou seja, pra baixo.
Nada prosperou. A única história que se pode contar destes empreendimentos e programas é que a conta do endividamento deles ficou no lombo de uns poucos empresários e nas promessas de sucessivos governos, especialmente Paulo de Deus. Foi muita propaganda pra pouca produção e não tiveram qualquer relação com o crescimento econômico.
Parece até que temos uma cabeça de burro enterrada em nosso solo. Nada, até agora, deu certo.
Ambiente e clima favoráveis, água em abundância não faltaram. O sucesso de poucos esteve mais relacionado às afinidades político-partidárias do que propriamente ao tino empresarial. A economia local ainda não conseguiu sair da barra da saia do contracheque do funcionalismo público, do comércio, da PM, do exército e da Chesf, esta última alegando estar na UTI devido aos investimentos repassados para o HNAS.
O governo Paulo de Deus foi o primeiro a dar esperança, pra não dizer iludir, ao povo pauloafonsino, com a promessa de abrir o mercado para investidores locais, mas, até hoje nenhum bife chegou à nossa mesa. Jacaré do papo amarelo fabrica de ração, criação e reprodução das raças Santa Inês, Doper e de Bohé, ema, etc. Nada prosperou.
Agora o governo Luiz de Deus planeja transformar Paulo Afonso numa bacia leiteira e no maior produtor de ração da América Latina.
Na boca de político, a solução é fácil: todos falam em atrair “indústrias”, sem levar em consideração que não temos um mercado consumidor atraente, que permita uma escala de produção significativa e que a “saliva” pode até ganhar votos, mas não gera renda nem movimenta máquinas.
O melhor seria deixar de sonhar alto demais e pensar numa Paulo Afonso do tamanho que ele é. Enquanto as indústrias não chegam vamos alimentar nossa esperança com as propagandas governamentais.
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