A Bahia, seguida de Pernambuco, lidera as fraudes em cadastros do Bolsa Família, como apontou uma auditoria do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).
Em Paulo Afonso, o levantamento diz que há mais de 1.700 pessoas (439 cancelamentos e 1.262 bloqueios), o que, segundo o órgão, os bloqueios são referentes aos cadastros que foram constatados com renda per capita inferior identificada entre R$ 170 e meio salário mínimo (R$ 440,00), sendo necessário o recadastramento para o desbloqueio. A Bahia tem 39.759 casos, seguida de 26.839 em Pernambuco. Os dois estados têm mais casos no Nordeste. Além disso, a região é a que mais tem irregularidades, somando 141.789, à frente do Sudeste, que é mais populoso e tem 117.573.
Para chegar a esses números, a CGU realizou cruzamento de dados de gastos e renda das famílias em busca de possíveis fraudes. Foram verificados, entre outros pontos, vínculos empregatícios, aposentadorias e a situação de pensionistas.
Os municípios agora aguardam maiores informações do Ministério do Desenvolvimento Social para falar sobre os indícios de fraude nos cadastros do programa Bolsa Família.
Já a cidade de Glória-BA teve 97 benefícios cancelados e 243 bloqueados. Em Santa Brígida-BA, 76 foram cancelados e 211 suspensos.
Haverá uma investigação e, se as irregularidades forem comprovadas, o governo federal deve acionar os beneficiários legalmente, pedindo a devolução de valor e a impossibilidade de retornar ao programa por um ano. Entre as sugestões estão uma verificação prévia das informações declaradas no Cadastro Único para concluir o cadastro e invalidar as famílias convocadas que não comparecem para atualização dos dados, dentre outras medidas.
As medidas são resultado da operação do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), batizada “Pente Fino”, que começou em junho de 2016.
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