Economia

Paulo Afonso - Bahia - 06/02/2015

Perdas do comércio com feriados podem chegar a R$ 15,5 bilhões em 2015

Redação Agecom com informação da Assessoria Fecomércio
Foto: Cedida

O impacto dos feriados sobre a lucratividade do comércio brasileiro em 2015 deve alcançar R$ 15,5 bilhões – resultado 22,5% maior que o registrado no ano passado, descontando-se a expectativa de inflação prevista para este ano. O menor número de dias úteis no ano corrente contribui para o agravamento das perdas decorrentes com a maior quantidade de feriados, além da crescente relação folha de pagamento/receita operacional, no comércio brasileiro em curso desde 2009.
No ano passado, além do meio expediente na quarta-feira de cinzas (5 de março) e também em 15 de novembro, um sábado, outros sete feriados nacionais integrais ocorreram em dias  úteis para o comércio. Em 2015 o maior número de interrupções ocorrerá em função de dez feriados integrais entre segundas e sextas-feiras, além do meio expediente da quarta-feira de cinzas (em 18 de fevereiro).
O ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojista de Pulo Afonso, Francisco Rodrigues Neto, o Chico da Rio Malhas, destaca que os feriados nacionais, estaduais e municipais a serem cumpridos pelo setor produtivo causam grandes prejuízos às empresas brasileiras, tendo em vista que as mesmas não operam nestes dias e os compromissos, tanto com fornecedores quanto trabalhistas, continuam a fluir. “Com a paralisação das atividades produtivas, o Estado e municípios deverão ter perdas irrecuperáveis em suas arrecadações”, complementa.
Esta seria uma distorção que o Brasil precisa corrigir. “Já que é pretensão colocar o Brasil entre as maiores potências do mundo, e só se produz riquezas com trabalho”, enfatiza Francisco .
Além de perdas parciais de vendas – parte dessas transações é concretizada antes ou após os dias não úteis –, o fechamento dos estabelecimentos ou a opção pela abertura das lojas em dias não úteis compromete a lucratividade do setor por meio da elevação extraordinária dos custos trabalhistas decorrentes das operações nesses dias.
Estimativas da Confederação Nacional do Comércio (CNC) baseadas nos dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, apontam para a primeira queda do varejo ampliado nos últimos dez anos. Por outro lado, no ano passado a ocupação e o rendimento médio real dos trabalhadores formais do comércio cresceram 2,0% e 1,8%, respectivamente, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged). Ou seja, a massa de rendimentos do setor acusou expansão maior (3,8%) que o volume de vendas em 2014, mantendo, portanto, a tendência de crescimento da relação folha de pagamentos/receita operacional líquida em curso desde 2009.



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