Nossa Constituição diz que o povo pode exercer sua soberania, através de plebiscitos, referendos e de iniciativa popular (Art. 14 - CF).
O Movimento Ficha Limpa é um desses casos.
A ideia de político com Ficha Limpa foi transformada em Projeto de Lei de Iniciativa Popular objetivando o exercício puro da democracia, ou seja, representa a expressão legítima da vontade do povo.
A criação representou uma evolução no cenário político nacional.
Isso aconteceu devido às desastrosas práticas por parte de gestores públicos no tocante ao grande número de atos corruptos vindos à tona. Sua pretensão foi tornar rígidos os critérios de inelegibilidades, ou seja, de quem não pode se candidatar. Com isso, fazer com que o cenário político tivesse mais moralidade, probidade, eficiência e, acima de tudo, respeito à coisa pública, tendo em vista que a sociedade não aguentava mais os sucessivos escândalos envolvendo políticos no legislativo e no executivo.
A inelegibilidade não se trata de punição. Mas sim de uma forma de se estabelecer um requisito para participar de pleitos eleitorais.
Portanto, mostra a necessidade de que os postulantes a cargos eletivos estejam cada vez mais à altura de representarem com credibilidade os seus eleitores.
Vale esclarecer que a Lei da "Ficha Limpa", com sua função de melhorar a prática política, reacendeu a esperança de termos políticos com credibilidade.
Sem sombras de dúvidas, a Lei da Ficha Limpa não é absolutamente tão severa e rigorosa, como esperávamos. Senão o ex-prefeito de Paulo Afonso Raimundo Caires Rocha e alguns dos seus secretários que em 2008 se tornaram vereadores, hoje estariam mofando na cadeia. A verdade é que ela está muito longe de ser a salvação contra a imoralidade, especialmente porque, no final, poucos (bem poucos, com certeza) serão os atingidos pela referida lei.. Uma pergunta fica para ser respondidada pelos leitores " para que serviu esta lei" ?
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