No último dia 13/06, a ASCOM divulgou uma notícia de que naquela data dava-se o início do serviço de desinfecção de ruas e avenidas de nossa cidade, que seria realizado pela empresa VCS Ambiental, entre os dias 13 e 17/06, conforme link abaixo:
www.pauloafonso.ba.gov.br/novo/?p=noticias&i=9347
Ocorre que hoje, 10/07, o serviço ainda continua sendo realizado, e o repórter da rádio Angiquinho Gil Leal, já vem a muitos dias cobrando da Prefeitura a publicação do contrato dessa empresa no Diário Oficial do Município, o que até o presente momento não ocorreu.
O radialista, também conhecido como Helicoptero da Informação, esclareceu em sua reportagem que a realização do serviço sem a devida publicação do contrato é uma situação ilegal, e que deixa margem a necessária abertura de uma investigação para se descobrir os motivos desta irregularidade. O que querem esconder?
Paulo Afonso esta semana foi considerada pelo TCM/BA como um das prefeituras da Bahia que não está cumprindo com as obrigações relativas a transparência dos gastos com a COVID, e esta situação apresentada reflete de forma clara que a gestão municipal tem pouca intimidade com regras bem básicas para uso dos recursos públicos.
Como se não bastasse essa nebulosa constatação, uma situação surreal ocorreu, pois, um empresário conhecido por Clecinho, que costuma frequentar o Gabinete do Prefeito e é sempre visto em companhia do Secretário de Saúde Luiz Humberto, assumiu o papel de porta voz da empresa e enviou ao repórter algumas informações sobre a VCS Ambiental, como por exemplo seu cartão de cadastro junto a Receita Federal.
Perguntado pelo radialista Ozildo Alves se possuía algum vínculo com a empresa, o Sr. Clecinho rejeitou de plano essa possibilidade, porém o seu telefone celular consta no cadastro da empresa junto a Receita Federal como sendo o número de contato da mesma, e durante toda a reportagem que ocorreu ontem (09/07) e hoje (10/07), coube ao Sr. Clecinho prestar os esclarecimentos em nome da empresa e até encaminhar uma queixa contra Gil Leal, numa tentativa frustrada de tentar intimidar o trabalho do repórter. A coluna apurou que veículos utilizados no serviço ficam estacionados durante a noite num terreno em frente a casa do empresário Clecinho, situação essa já fotografada por vários dias.
Pois bem, a VCS Ambiental possui capital social de R$ 500.000,00, e foi aberta em 30/10/2019 e pertence ou pelo menos está no nome de um cidadão chamado Vitor Caetano dos Santos Reis, que tem o carinhoso apelido de “Nikita”, e em meados de setembro do ano passado foi detido aqui em Paulo Afonso, acusado de tráfico de drogas, o que pode ser conferido no portal da Secretaria de Segurança Pública:
http://www.ssp.ba.gov.br/2019/09/6375/Quatro-sao-capturados-com-ecstasy-haxixe-e-dinheiro.html
Há muito o que explicar, mas como de hábito a prefeitura fará ouvido de mercador, por isso Gil Leal já anunciou que estará levando o caso ao MPF, para que apure o não cumprimento das formalidaddes da contratação e seja esclarecido sobre essa relação no mínimo estranha entre o braço direito de Luiz Humberto, a VCS Ambiental e seu sócio proprietário e o interminável serviço de desinfecção das ruas de Paulo Afonso, que vem sendo tocado sem que ninguém saiba como foi planejado, quanto será pago e porque a empresa VCS Ambiental foi a escolhida. Que os jogos comecem.