A empresa tida como redentora do Nordeste completará 70 anos em março. A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), terminou o ano com auspício de ser vendida e pôr um ponto final na caminhada materna em Paulo Afonso.
A mãe da saúde, dos terrenos, da infraestrutura, da escola… de uma possível e nunca viável UTI, independente de ser vendida ou não, a realidade é que a Chesf está diminuta.
Para ficar nas palavras de um funcionário: “Nós não temos o que comemorar, estamos em desmanche, nosso destino é sombrio.”
O pano de fundo é a crise e as pretensões do governo federal, mas há também uma questão menor que joga lentamente uma pá de cal para selar definitivamente o destino rumo ao abismo: a indicação desastrosa de Paulo de Deus para o APA.
Os interlocutores de Paulo, que fazem romaria à sua fazenda em Canindé do São Francisco-SE são unânimes em afirmar que, o ex-prefeito está amargamente arrependido.
“Klewton Ferraz foi uma indicação que primou por critérios estritamente políticos, em detrimento dos técnicos, teve três patrocinadores e Paulo cedeu”, disse um político na condição de anonimato.
Segundo funcionários subordinados ao APA, não há mais clima dentro da empresa se quer para trabalhar. Por isso crescem os rumores de uma troca, nem que seja para finalizar o ano. “Não se pode fazer muita coisa, mas para Paulo Afonso já seria uma grande oportunidade de refazer a bagunça que está”, disse-nos a fonte.