A polêmica criação de uma comissão especial para apurar supostas irregularidades cometidas no governo AC, envolvendo a empresa ALL SERV EMPREEENDIMENTOS E SERVIÇOS LTDA, é o mais novo episódio da crise envolvendo o prefeito interino Antonio Chaves (PSD), cada vez mais difícil de entender. É verdade que a decisão do presidente da Câmara, Benedito Oliveira dos Santos, o Bino em inviabilizar a criação da Comissão que seria proposta na sessão de terça-feira, 3, era consenso entre os vereadores governistas, tanto é que acabou não sendo acatada, mas a recusa causou espanto. Ao conceder a palavra a pessoas ligadas ao governo para explicar o inexplicável, Bino teria colocado a soberania da Câmara em uma situação delicada. A pior coisa que pode acontecer no Parlamento é uma proposta que nasceu do anseio popular não ser acatada. Sem saída, os vereadores de oposição tiveram que acatar o que foi empurrado goela a dentro, mas sem deixar de expressar repúdio ao modo como o presidente Bino se comportou. É consenso que possivelmente ainda esta semana o presidente interino Bino, deverá ser notificado da decisão por ele tomada na terça-feira. Após isso, ele terá um prazo legal para apresentar sua defesa contra as acusações que lhe serão imputadas.
Para um advogado da oposição, a decisão da Mesa Diretora da Câmara de não cumprir o estabelecido é inusitada, mas mostra bem a escalada recente de desgaste dos poderes.
A sessão em que os vereadores de oposição esperaram em vão que proposta da criação da Comissão fosse criada foi bastante tensa. As galerias da Câmara ficaram lotadas e muitas pessoas acompanharam do lado de fora. Houve manifestações dos populares e por algumas vezes o presidente da casa, Bino (PSD) teve que intervir para colocar ordem. A Polícia Militar e a guarda municipal foram convocadas para reforçar a segurança.
Enviar para um amigo
Versão para impressão
