Economia

Paulo Afonso - 06/06/2010

Comitê do São Francisco elege seus representantes

Jornal da cidade (SE)

Os prefeitos de Poço Redondo, Frei Enoque (PPS), e de Ilha das Flores, Ronaldo Calixto, foram eleitos como os representantes do Estado para fazer parte do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O colegiado é responsável em arbitrar conflitos e debater as integrações de políticas públicas voltados para as questões das águas do "Velho Chico". O resultado das eleições foi divulgado no final do mês de maio. Para Frei Enoque, é de suma importância participar de um movimento como este que coloca em questão uma das maiores riquezas naturais da região Nordeste. "Estou muito contente em participar deste comitê, porque iremos debater toda a problemática que envolve o Rio São Francisco, desde a qualidade da água para a população ribeirinha, até a questão da cobrança de sua utilização", diz o gestor, referindo-se ao projeto que a Agência Nacional das Águas pretende colocar em prática sobre o uso das águas do Rio.  O comitê é formado por 124 representantes de todos os estados que compõem a Bacia do São Francisco, sendo que 62 são titulares e os demais entram como suplente. "Acredito que, no mais tardar, em agosto, vai ser eleita a nova diretoria executiva do comitê. Mas desde já, nós que compomos o Baixo, tanto o pessoal de Alagoas, como de Sergipe, precisamos nos organizar para lutar por nossas causas, porque, afinal de contas, sairemos mais prejudicados com qualquer ação no rio, uma vez que recebemos todos os dejetos que são jogados nele, desde resíduos industrias até o esgoto gerado pela população", ressalta Frei Enoque.    

 Utilização das águas

Atualmente, 71% das  águas do São Francisco são utilizadas para irrigação, 13% para indústria e o restante é destinado para o consumo humano e dos animais. "São mais de 16 milhões de pessoas que vivem das águas do Velho Chico. Para se ter uma ideia, são 504 municípios que margeiam o rio, sendo que somente aqui e em Alagoas são mais de 30. Por esses números, dá para ter noção da importância dele para as nossas vidas", analisa Enoque, afirmando que vai focar seu trabalho no comitê, nas ações voltadas para o Baixo São Francisco.

"Tem gente que mora a pouco mais de três quilômetros do rio e não tem água encanada. Em época de seca, só mesmo com o caminhão-pipa. Também quero focar nessa questão da cobrança. É preciso que revejam alguns pontos para que a população do sertão não saia prejudicada. Precisamos trabalhar para que, caso o uso seja cobrado, a arrecadação seja utilizada para benefício próprio da população ribeirinha, e que não aconteça o mesmo do imposto destinado à saúde, cujo montante não foi aplicado integralmente no setor", teme Enoque. 


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